domingo, 14 de abril de 2013

Ancilostomíase


Ancilostomíase e Necatoríase
            Os parasitos responsáveis por essas helmintoses pertencem à mesma família (Ancilostomidae) e se assemelham muito quanto à biologia, patogenia, diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e tratamento, apesar de serem duas espécies morfologicamente bem distintas: Ancylostoma duodenale e Necator Americanus. Esses dois helmintos são responsáveis pelo amarelão ou opilação, doenças que atingem milhões de pessoas no mundo todo, causando uma grave anemia e promovendo uma deficiência no crescimento físico e mental das crianças. A sua importância em saúde publica foi tão grande (e ainda e nas regiões mais pobres do mundo), que em torno 1930 nosso grande escritor Monteiro Lobato criou sua famosa frase “o jeca não e assim, está assim”, afirmando que nosso roceiro não e indolente e nem medíocre por questão racial, mais assim porque era intensamente parasitado pelos ancilostomideos.
A partir dessa constatação, intensa campanhas de tratamentos das crianças e de saneamento básico foram instituídas, fazendo com que, hoje, nosso homem do campo, agricultor, seja um profissional competente e produtivo. Mas, infelizmente, em algumas áreas ainda dominadas pela submissão e pela mediocridade das lideranças locais, ainda temos bolsões de pobrezas, de fome e de analfabetismo, com elevada prevalência dessas parasitoses.
Ancilostomíase
Você sabia que...
O A. duodenale e mais freqüente no hemisfério norte, mais ocorre na America Latina também. O N.americanus e mais freqüente nas Américas, África e ilhas do pacifico, incluindo ai a Austrália.


Agente Etiológico
Filo Nematoda;
Família: Ancylostomidae;
Espécies: Ancylostoma duodenale e Necator Americanus


Morfologia e Hábitat
Esses parasitos vivem presos a mucosa duodenal pela cápsula bucal, que apresentam uma grande diferença entre as duas espécies: em A.duodenale a cápsula e munida de dentes, enquanto em N.Americanus a cápsula contem placas cortantes.
Esses vermes medem cerca de 1,0 cm de comprimento. Os machos terminam por uma dilatação, denominada “bolsa copuladora”. As outras formas são: ovos, eliminados pelas fezes; larvas rabditoides (medindo 400 micrômetros) e larvas filarioides (medindo 500 micrômetros), encontradas em terreno argilo-arenoso, sombreado e úmido (conforme observado em moitas de bananeiras...).

Ciclo Biológico
O ciclo biológico desses helmintos é monoxênico, mais necessita de uma fase no solo para saída (eclosão) das larvas de dentro dos ovos e transformação dessas rabditoides (L1) (que saíram dos ovos) em larvas intermediarias (L2) e larvas filarioides infectantes (L3). Essas larvas são conhecidas como “larvas embainhadas”, pois a cutícula da L2 permanece protegendo a L3, infectante.
Esta forma vive de um a seis meses no solo úmido e pode infectar o paciente de duas maneiras:
ü  Por penetração ativa na pele ou nas mucosas da boca;
ü  Por ingestão das larvas junto com água ou alimentos. A complementação do ciclo se dará de acordo com a via de contaminação:
1-      Quando há infecção e via cutânea ou mucosa, as larvas caem na corrente circulatória, migram para o coração, depois para os pulmões, perfuram os alvéolos sobem a árvore brônquica e ao chegar à faringe podem ser eliminadas (cuspidas junto com a expectoração produzida) ou ser deglutidas e completarem o desenvolvimento no intestino delgado (duodeno). Cerca de 30 dias após a infecção cutânea os helmintos iniciam a postura de ovos que saem nas fezes.
2-      Quando a infecção e via oral, as larvas chegam ao duodeno e completam o ciclo ai. Cerca de 30 dias depois os vermes já estão adultos e eliminando ovos nas fezes.

Patogenia e Sintomatologia
A ancilostomíase e Necatoríase são duas doenças muito semelhantes, provocando alterações locais e sistêmicas (em todo o organismo). Assim, a sintomatologia pode apresentar três fases, com os respectivos sintomas:

  • Cutânea: ocorre pela penetração de dezenas de larvas na pele (pés descalços, nádega-quando a pessoa senta no solo vestindo calção ou maior). Esta fase pode não ser percebida, mas quando o e, o paciente queixa-se de uma reação urticariforme, com prurido, eritema e edema.
  • Pulmonar: ocorre durante a passagem das larvas pelos pulmões, ocasionando febre, tosse produtiva (isto e, com liberação de muco conforme ocorre em outros helmintos que apresentam o ciclo pulmonar, tais como o estrongiloides, o áscaris) e ate mesmo a síndrome de Loefler (pneumonite alérgica). A fase pulmonar pode durar cerca de trinta dias.
  • Intestinal: havendo a presença de grande numero de helmintos presos a mucosa duodenal, o paciente queixa-se de dor na porção alta da direita do abdômen, apresenta febre, fraqueza e diarréia sanguinolenta. Em infecções menores e crônicas, essa sintomatologia e variada e de longa duração, especialmente o quadro pulmonar e intestinal.

A partir dos helmintos no duodeno, o paciente (especialmente crianças) desenvolve uma típica “anemia ferropriva”, pois usualmente essa parasitose esta associada a uma deficiência alimentar. Dessa forma, a criança subnutrida e parasitada terá um retardamento do desenvolvimento físico e mental, ou seja, não crescera em estrutura e terá dificuldade de aprendizagem. Em decorrência dessa anemia crônica, essa doença e também chamada de “Amarelão” e “opilação”.
"Bicho Goegráfico"

Diagnóstico
Clinico: EPF
Exames de fezes e achado nos ovos típicos.

Epidemiologia

  • Distribuição Geográfica: mundial, isto é, todas as áreas subdesenvolvidas do mundo (a cerca de 100 anos a Inglaterra e os Estados Unidos eram largamente atingidos por esses helmintos...);
  • Fonte infecção: humanos parasitados;
  • Forma de transmissão: larvas filarioides (L3) infectantes;
  • Veículo de transmissão: solo argilo-arenoso, úmido e sombreado;
  • Via de penetração: penetração ativa de larvas na pelo ou ingestão das mesmas junto com água e alimentos contaminados pela L3.


Profilaxia
A profilaxia dessas geo-helmintose (helmintos que dependem do solo para se desenvolver) consta basicamente do tratamento em massa da população, instalação de serviços de esgotos, uso de calcados, educação sanitária, ambiental e cívica.

Tratamento                 
A terapêutica dessas helmintoses deve ser feita procurando-se atingir dois objetivos:

  • Eliminar os parasitos pelo uso de medicamentos específicos;
  • Promover a reposição de ferro, que pode ser obtida pela melhoria da alimentação (dieta deste elemento) e uso de sulfato ferroso.



2 comentários:

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